Quem é você?

Essa é uma pergunta tão simples e ao mesmo tempo tão profunda. Ter a capacidade de definir quem se é de verdade não é algo tão fácil. Isso porque, somos altamente influenciados pelo meio em que vivemos e temos uma grande necessidade de aceitação, o que nos leva a assumirmos posturas que muitas vezes são contrárias a nossa real existência.

Buscamos objetivos, buscamos aceitação, queremos estar conectados a todas as novidades que são lançadas diariamente na comunidade em que vivemos. Para não ficar de fora vale tudo, inclusive prostituir a nossa própria identidade, abrindo mão de valores e princípios, e com o passar do tempo surge uma grande dúvida: quem nós somos de verdade? Nos tornamos aquilo que é conveniente para os outros, não temos mais uma identidade e não conseguimos mais nos encontrar dentro de nós mesmos.

Certa vez, li em algum lugar que conhecer a si próprio é impraticável e impossível, apenas conseguimos ter uma noção através de terceiros e, por essa razão, precisamos inventar deuses e religiões que nos darão medidas para mostrar se somos bons ou maus. De certa forma, encontro sentido nessa afirmação. Vejo-a como uma resposta à ânsia do autor em explicar o inexplicável, em querer encontrar sua própria identidade perdida.

No livro de Provérbios, o sábio Salomão diz que “... mais vale controlar o seu espírito do que conquistar uma cidade...” (Provérbios 16:32). Olhando para o nosso interior percebemos que ainda há muito para ser desvendado. Sabemos muito pouco a respeito de nós mesmos. Quem nós somos? Para que viemos? Qual a razão de tudo isso? Como diz a letra de uma música da banda Capital Inicial: “... o que você faz quando ninguém te vê fazendo...?”.

Perdemos o nosso referencial quando resolvemos virar as costas para o nosso Criador. Até então Ele era a nossa referência, mas um dia achamos que poderíamos encontrar em nós mesmos o padrão do que é certo e errado. Então quando nos tornamos o nosso próprio referencial, perdemos o sentido da nossa própria existência e perguntas relacionadas ao nosso próprio “eu” se tornaram complexas e quase impossíveis de serem respondidas. “Onde está você?” (Gênesis 3:9).

Quem é você? Talvez você nunca parou para pensar em responder essa pergunta, ou talvez você esteja a algum tempo procurando essa resposta. Você pode passar o resto da sua vida sem saber quem é de verdade, ou fazer como o autor desconhecido acima, que simplesmente procura saber quem é através do que pensam os que estão a sua volta, afirmando a total improbabilidade do auto conhecimento.

Existe ainda outra possibilidade diante dessa pergunta: recorrer ao Autor da vida, aquele que sustenta o Universo e tem poder para ser o referencial de tudo e de todos. Nele existem respostas aos porquês que tanto nos inquietam. Nele encontramos a razão de estarmos onde estamos. Nele aprendemos a viver a vida para a qual fomos chamados. Nele podemos ser nós mesmos, porque foi assim que Ele fez, e esse é o melhor de nós.

Pense nisso e responda ao convite Dele: “Venha, vamos refletir juntos” (Isaias 1:18).

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